PDF pageEmail pagePrint page

PosterA Fundação Rui Cunha apresenta na quinta-feira, dia 28 de Outubro às 18:30, a décima primeira sessão do ciclo de Conversas Ilustradas com Música, sob o título “Efemérides na Ópera: Franz Liszt”, a assinalar o 210º aniversário de nascimento do compositor húngaro, que aqui será recordado por Shee Va e pelos convidados Michel Reis e Tim Chung.

Franz Liszt nasceu a 22 de Outubro de 1811 na aldeia de Doborján – à época pertencente ao Reino da Hungria, Império Austríaco – e viria a falecer com 74 anos, a 31 de Julho de 1886, em Bayreuth, na Alemanha. Compositor, pianista e pedagogo húngaro, Franz Liszt foi uma das principais figuras musicais do movimento romântico e o maior virtuoso do piano da sua época. A sua sólida cultura musical, aliada a um gosto requintado que adquiriu no convívio com a sociedade aristocrática, tornou-o num grande e sofisticado compositor orquestral.

Aluno de Carl Czerny e de Antonio Salieri, que tiveram por mestre Ludwig von Beethoven, Liszt aprimorou a sua arte no piano. Viajou por toda a Europa, dando concertos na corte europeia, e foi amigo de grandes nomes da música, como Hector Berlioz, Camille Saint-Saëns, Edvard Grieg, Vianna da Motta, Alexander Borodin e Richard Wagner, tornando-se sogro deste.

Criador do poema sinfónico, escreveu lieder (canções) e peças para orquestra de câmara, evidenciando o violino e piano. As suas obras mais conhecidas são as 19 Rapsódias Húngaras para Piano, 12 Estudos de Execução Transcendental, a Sinfonia Fausto, a Sinfonia Dante, a Liebesträume No.3 e Concertos para Piano.

Enquanto Franz Liszt criava o seu quinhão de peças vocais, os seus encontros com a ópera foram extremamente raros. No entanto, realizou numerosas transcrições e arranjos para um ou dois pianos, constituídos por fantasias e variações sobre temas de óperas célebres de compositores franceses, italianos, alemães e de outras nacionalidades.

Na verdade, até muito recentemente apenas uma ópera lhe havia sido atribuída: “Don Sanche”, ou “Le château de l’amour”, que compôs entre 1824 e 1825. Esta estreou em Paris a 17 de Outubro de 1825 e foi um sucesso arrebatador, mas viria a ter apenas quatro apresentações e acabaria perdida na história, para ser redescoberta em 1903 e voltar a ver o palco 74 anos depois, em 1977!

Em 2015, um académico de Cambridge encontrou no Arquivo Goethe e Schiller, em Weimar, o caderno de rascunhos onde Liszt escrevinhou o 1º acto de uma outra ópera: “Sardanapalo”, vagamente baseada numa peça de Lord Byron chamada “Sardanapalus”, de 1821, composta entre 1849 e 1850.

Não perca esta e outras histórias ao som da música de Liszt na Galeria da FRC!

A entrada é livre, mas sujeita às recomendações de saúde implementadas pelas autoridades locais.

Por Macau, Mais e Melhor!