PDF pageEmail pagePrint page

POSTERA Fundação Rui Cunha apresenta na quinta-feira, dia 25 de Abril às 18:30, uma palestra subordinado ao tema “Dietas para combater a obesidade – mitos e estratégias. A sessão terá como oradora Prof. Dra. Paula Freitas.

Acerca deste tópico “Dietas para combater a obesidade – mitos e estratégias”, vou apenas elencar 4 pontos. Teremos oportunidade para discutir muitos outros na minha apresentação.

1.   Uma pessoa com pré-obesidade ou obesidade, ou até superobesidade, a primeira coisa que tem de saber e perceber é que a obesidade é uma DOENÇA CRÓNICA complexa, multifatorial, recidivante e que, qualquer intervenção a curto prazo, correta ou incorreta, não terá impacto a longo prazo e está votada ao insucesso, se a sua estratégia não for a modificação do estilo de vida de uma forma permanente.

Mas, muitas vezes, quem quer fazer as dietas ditas “rápidas” são pessoas que olham para o problema sob o prisma do aspeto estético e deve ter em atenção que a pré-obesidade e obesidade, não são problemas de cosmética, mas sim DOENÇAS CRÓNICAS com impacto na saúde, qualidade de vida e mortalidade.

2.   É de primordial importância que a pessoa com obesidade defina e tenha metas realistas no tratamento da obesidade. Caso contrário, ficará frustrada, desistirá e não perderá peso. A incongruência entre a perda de peso desejado, de forma rápida e com uma “dieta rápida”, e a realidade, pode levar à interrupção de comportamentos saudáveis necessários, de forma prolongada e duradoira, para uma saudável perda de peso. Ou seja, nas DIETAS RELÂMPAGO: A PRESSA É INIMIGA DA PERFEIÇÃO.

3.   Qual é a “melhor dieta”?  Esta é a pergunta de 1 milhão de dólares. Existem inúmeras dietas: pobres em hidratos de carbono (hipoglícidas); ricas em proteínas (hiperproteicas); pobres em gorduras (hipolipidicas); mediterrânica, atlântica, nórdica vegetariana, vegan, DASH, jejum intermitente, etc, etc. A escolha do tipo de dieta deve ser individualizada de acordo com a idade, as doenças que a pessoa possa ter (por exemplo, doença cardiovascular, diabetes ou colesterol aumentado), o estilo de vida (fisicamente ativo ou inativo), entre outras.

4.   Faça escolhas saudáveis todos os dias. Isto é o mais importante. E, só com conhecimentos e informações fidedignas é que as pessoas podem diariamente fazer escolhas livremente saudáveis. Há que pôr fim aos mitos e às confabulações sobre dietas miraculosas. Devemos fazer escolhas alimentares saudáveis todos os dias e praticar exercício físico regularmente. Só deste modo, teremos uma vida saudável.

 

Prof. Dra. Paula Freitas

  1. Assistente Graduada no Serviço de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ), Porto.
  2. Professora Auxiliar da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
  3. Membro do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S).
  4. Presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO).
  5. Coordenadora de Endocrinologia do Centro de Elevada Diferenciação do Tratamento Cirúrgico da Obesidade do CHUSJ.
  6. Coordenadora de Endocrinologia do Hospital CUF Porto.
  7. Editora Chefe da Revista Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, órgão oficial da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, da SPEO e da Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas.

A entrada é livre.

Não perca!

Por Macau, Mais e Melhor!

 

01 05