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PosterA Fundação Rui Cunha apresenta na quinta-feira, dia 9 de Dezembro às 18:30, a décima terceira sessão do ciclo de Conversas Ilustradas com Música, sob o título “Efemérides na Ópera: Camille Saint-Saëns”, a assinalar o 100º aniversário da morte do compositor francês, que será recordado por José Carlos Pereira na Galeria da FRC.

Nascido em Paris em 1835, quando nos salões da Europa se ouvia os expoentes máximos da música romântica, como Chopin, Mendelssohn, Weber, Bellini ou Donizetti; Camille Saint-Saëns viria a falecer em 16 de Dezembro de 1921 – 86 anos depois, faz agora um século –, quando era moda ouvir e apreciar grandes inovadores do meio erudito musical, como Richard Strauss, Mahler, Stravinsky, Schönberg, Berg e Webern.

Saint-Saëns foi um menino prodígio, músico precoce, mas também poeta e dramaturgo, com muitos e vastos interesses em diversas áreas do conhecimento, recreando as grandes figuras do passado renascentista. Compôs mais de 400 obras para todos os géneros musicais: óperas, sinfonias, concertos, poemas sinfónicos, canções, oratórios, um requiem, música de câmara e para solistas e até uma banda sonora para um filme de 1908.

Mais apreciado nos EUA e no Reino Unido do que entre os seus compatriotas, no início da carreira abraçou com entusiasmo as novas correntes musicais trazidas por Wagner, Schumann ou Liszt. Com a maturidade tornou-se visceralmente contra a música dos impressionistas, como Debussy, dos expressionistas e dos serialistas.

Viajou imenso, ocupou cargos relevantes como organista, professor e na direcção de instituições influentes na vida musical francesa, pelo que foi amplamente reconhecido e condecorado. Mas veio a falecer solitário, na companhia dos seus dois cães, na Argélia, onde passava regularmente os Invernos.

As suas peças mais divulgadas são o Poema Sinfónico “Dança Macabra”, a Fantasia “Havanesa”, a Sonata nº1 para Violino e Piano, a Sinfonia nº3 com Órgão, a Suite “Carnaval dos Animais”, o “Rondo Caprichoso” Op. 28, o Concerto para Violino nº3 Op. 61 e a Ópera “Sansão e Dalila” Op. 47, que será ouvida e comentada neste último final de tarde das “Efemérides na Ópera” de 2021.

A entrada é livre, mas sujeita às recomendações de saúde implementadas pelas autoridades locais.

Não perca!

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