III Festival Cinema de Moçambique
3º. Ciclo de Cinema de Moçambique
De 21 a 26 de Janeiro, a Associação dos Amigos de Moçambique (AAM) apresenta o 3º. Ciclo de Cinema de Moçambique, a ter lugar no Auditório da Fundação Rui Cunha. Com o correr dos anos o cinema moçambicano ganhou experiência, tornou-se maduro e hoje, ainda sem actores profissionais, mais que cinema político, conta histórias de factos como o drama humano, em histórias de ficção baseadas em factos reais. Revela-nos a sociedade moçambicana pós-colonial em todas as suas contradições. Não é por acaso que se vê premiado em muitos festivais internacionais, como ultimamente os de Locarno, Cairo, etc., e vê consagrado o seu realizador Licínio de Azevedo.
Para este 3º. Ciclo foram selecionados cinco trabalhos, quatro dos quais do realizador Licínio Azevedo e um da realizadora Teresa Prata, baseado numa obra de Mia Couto.
Programa:
21/1 – 16h00 – Abertura e filme “A ponte”/ “The bridge” – 52’
Prémios: Golden Dhow no 5º Festival Internacional de Filmes de Zanzibar
Awards: Golden Dhow, 5th Zanzibar International Film Festival
Sinopse: Na estação das chuvas os rios enchem, e Chimanimami, uma das mais belas regiões de Moçambique, fica isolada do resto do país. Será criada uma reserva natural, cuja principal atracção é o Monte Binga, o ponto mais alto de Moçambique. Esta deverá beneficiar a comunidade local e promover o seu desenvolvimento. Porém, uma ponte terá de ser construída. A aldeia une-se e participa nesta obra.
Este filme é a história do esforço colectivo para fazer a ponte, um hino ao trabalho do homem.
In the rainy season the rivers rise and Chimanimani, one of the most beautiful regions in Mozambique, is cut off from the rest of the country. A natural reserve will be created. The main attraction is Mount Binga, the highest point in Mozambique. This reserve will benefit the local community. However, a bridge must be built. The entire village participates in the construction.
This film is the story of the collective struggle to build this bridge and a celebration of human labour!
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23/1 – 18h30 – “Ferro em brasa” – 48’
Sinopse: Um documentário sobre o foto-jornalista Ricardo Rangel, fotógrafo, 80 anos, é o símbolo vivo da geração que no fim dos anos 40 iniciou as primeiras denúncias contra a situação colonial. Enquanto fotografava a cidade dos colonos, Ricardo revelava a desumanidade e a crueldade do colonialismo. Desde então até ao fim da guerra civil pós-independência, Ricardo fotografou 60 anos da história de Moçambique. Neste filme, Ricardo conduz-nos pela sua vida e obra, onde a cidade de Maputo, a boémia e o jazz tem um lugar especial. …………..
Ricardo Rangel, photographer, 80 years old, is a living symbol of a generation that, by the end of the forties, made the first accusations against colonialism. While he photographed the city of the settlers, Ricardo revealed the inhumanity and cruelty of the colonialist regime. Since then, he captured in images 60 years of Mozambique’s history. In this film, Ricardo leads us through his life and his work, where “Jazz” and the city of Maputo play an important role.
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24/1 – 18h30 – “Terra sonâmbula” – 98’ – Sleepwalking land
Prémios / Awards: International Film Festival Kerala, Índia (2008) – Prémio FIPRESCI
Pune International Film Festival, Índia (2008) – Melhor Realização
FAMAFEST, Portugal (2008) – Prémio da Lusofonia
Asian, African and Latin American Film Festival, Milão (2008) – Prémio SIGNIS
Indie Lisboa, Portugal (2008) – Prémio do público e menção honrosa da Amnistia Internacional
Festival Internacional de Cinema de Bursa, Turquia (2008) – Melhor Argumento
Sinopse: O velho Tuahir encontrou o pequeno Muidinga ainda com vida enquanto ajudava a enterrar crianças assassinadas em uma pequena aldeia; cuidou do menino, viajando com ele e tentando fugir do horror da guerra. Cansados e com fome encontram um ônibus há pouco atacado, semi incendiado e com várias pessoas mortas. Ao enterrarem os corpos encontram a mala de uma das vítimas e seus diários. Frente a todo horror que estão vivendo e a estrada que parece obrigar os dois a caminharem em círculos, vão ler os diários e conhecer a história de Kindzu, um jovem que teve a família assassinada e estava a procura de um menino. …………
Mozambique, Civil War. Muidinga is a fragile boy, whose bigger wish is to find his family. He reads in a diary, found beside a dead body, the history of a woman that seeks her son in a ship. Due to his hope to find his own family, Muidinga convinces himself that he is the boy who is being search. He tries to find the woman, with the help of Tuahir, a thin old man full of experience and wisdom. However, Tuahir doesnt know that sometimes the histories of the diary are created by Muidinga.
The journey is hard: they move between refugees in state of delirium. Not to get insane, they only have each other. The road which way they walk, as sleepwalkers, is magic: understand their desires and move them from a place to another and doesnt let them die until they achieve the so dreamt sea.
Lingua: Português e Xangana
Elenco: Nick Lauro Teresa, Aladino Jasse, Ernesto Lemos Macuacua, Filimone Meigos, Tânia Adelino
Realizador: Teresa Prata
Produção: Filmes de Fundo
Co-Produção: ZDF/ARTE, Ébano Multimédia
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25/1 – 18h30 – “A ilha dos espíritos” – 63′ Documentário Africano
Sinopse: Uma pequena ilha, uma grande história. Muito antes de dar nome ao país, a ilha de Moçambique teve um papel fundamental no Oceano Índico durante séculos. Ponto de paragem de caravelas, ponto de encontro de piratas, lugar de mistura de raças, ela ergue as suas muralhas que encerram ruas tortuosas cheias de vida, pontuadas por casas senhoriais, igrejas e pequenos comércios. Os seus habitantes, orgulhosos do passado glorioso da ilha, são personagens excêntricas. A deambular pelas ruas encontramos um historiador, um arqueólogo marítimo, um pescador, o “porteiro” da ilha, uma dançarina, uns espíritos…
Lingua: Português/Macua
Realizador: Licínio Azevedo
Produção: Ebano Multimédia
Co-Produção: Technoserve
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26/1- 18h00 – “Desobediência” – 92′ Longa-Metragem – África
Rosa, uma camponesa Moçambicana, é acusada pela família do marido de ser a causadora do seu suicídio por se recusar a obedecer-lhe. Dizem que ela tem um “marido-espírito”.
Para provar a sua inocência e recuperar os filhos e os poucos bens que o casal possuía, Rosa submete-se a dois julgamentos: o primeiro num curandeiro, o segundo num tribunal. É absolvida em ambos.
O filme é interpretado pelos próprios intervenientes da história, o homem morto pelo seu irmão gémeo. Durante a rodagem, o realizador decidiu instalar uma segunda câmara para seguir este enredo de vingança sem fim. Uma montagem desta complexidade não tem paralelo no cinema Africano.
Lingua: Português e Ximanica
Elenco: Rosa Castigo, Tomás Sodzai
Realizador: Licínio Azevedo
Produção: EBANO Multimedia
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No final haverá um debate com Licínio Azevedo.
Entrada Livre.
Por Macau, Mais e Melhor!!
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