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A Fundação Rui Cunha apresenta na quarta-feira, dia 27 de Abril pelas 18:30, a conferência “Rodrigo Leal de Carvalho: O Homem e a Obra Literária”, em parceria com a Associação dos Amigos do Livro em Macau. A sessão irá contar com a participação de Miguel de Senna Fernandes, Rogério Beltrão Coelho e Dora Gago, ficando a moderação a cargo de Shee Va. 

Na semana em que a Fundação assinala o seu 10º Aniversário, e sendo um dos objectivos desta instituição contribuir para o desenvolvimento da identidade jurídica e cultural do Território, nada mais oportuno do que falar sobre uma figura do Direito e da cultura de Macau, que aqui residiu e trabalhou cerca de quatro décadas, embora de forma não continuada. 

Rodrigo Leal de Carvalho exerceu, primeiramente, funções de Delegado do Ministério Público, seguindo-se uma segunda estada para o exercício de funções enquanto Juiz de Direito. Regressou pela terceira vez a Macau como Procurador da República, posteriormente com a designação de Procurador-Geral Adjunto. Em 1996 foi nomeado Presidente do Tribunal de Contas, lugar que deteve até às vésperas da transferência da Administração do Território para a República Popular da China, regressando a Portugal ainda em 1999. 

No que às artes diz respeito, Rodrigo Leal de Carvalho fez a sua estreia literária apenas na década de noventa, tendo sido, a partir daí, bastante produtivo no seu percurso literário. Com o lançamento do primeiro romance, intitulado “Requiem por Irina Ostrakoff” (1993), demonstrou desde logo as suas potencialidades como escritor. Galardoado com o Prémio Camilo Pessanha 1993, atribuído pelo Instituto Português do Oriente, esta sua obra seria em 1999 também publicada em língua chinesa. 

Em 1994 foi a vez de publicar “Os Construtores do Império”, logo seguido, em 1996, de dois novos romances: “A IV Cruzada”, em que o autor em parte se assume como protagonista, e “Ao Serviço de Sua Majestade”. Em 1999 publicou “O Senhor Conde e as Suas Três Mulheres”. Com fina ironia e delicadeza, Rodrigo Leal de Carvalho revelou-se um exímio escritor das memórias da cidade de Macau e do universo do funcionalismo português de além-mar, das décadas de 1950 e 1960, recreando ambientes e vivências testemunhadas por ele mesmo, e devidamente enquadradas no panorama da conjuntura mundial do século XX. O seu trabalho veio a despertar a atenção de investigadores como David Brookshow e Lee Shuk Yee. 

Toda a sessão será realizada em língua portuguesa, sem interpretação. 

A entrada é livre, sujeita à capacidade da sala. 

Não perca! 

EM ABRIL, CELEBRE CONNOSCO 

Por Macau, Mais e Melhor! 

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