Superflat – 2024.10.30 |

A Fundação Rui Cunha inaugura hoje, quarta-feira, dia 30 de Outubro às 18:30horas, a Exposição de Arte intitulada “Superflat”, de Julia Lam Tsz Kwan (林子筠), uma artista e curadora de arte local, formada pela Academia de Belas Artes da Universidade de Tsinghua, em Pequim, que começou pela tradicional composição em aguarela e, desde 2020, tem vindo a apostar na arte pós-impressionista, com outras técnicas e materiais.

Co-organizado pela FRC, pela Associação de Arte Juvenil de Macau (澳門青年美術協會), e pela Associação dos Artistas de Belas Artes de Macau (澳門美術協會), o projecto inclui 10 pinturas de edifícios emblemáticos no território, recriados a partir de técnicas de pintura, estampagem e sobreposição de tinta acrílica sobre tela.

Segundo o manifesto da mostra, «este método criativo de aspersão de tinta por aplicações sucessivas deriva da lógica tradicional de composição em aguarela. Julia Lam transforma a pintura por camadas de aguarela na sobreposição de tinta em spray sobre placas feitas à mão, incorporando diversas técnicas como corte, tingimento, pulverização, salpicos, gotejamento, impressão, pincelada, estampagem e varrimento, com textura e ornamentos e, por fim, apresenta os traços estéticos do tempo através da montagem, camada a camada, desenvolvendo assim corajosamente um estilo artístico novo e exclusivo».

«Os dez originais expostos na Fundação Rui Cunha representam um conjunto de ícones culturais visuais urbanos, como o Hotel Estoril, o Mercado Vermelho, o Cais 16, o Antigo Tribunal da Praia Grande, para citar só alguns. Ao reiterar o seu significado histórico, a artista espera despertar a atenção do público para estes marcos da cidade e, por isso, cada obra recebe o nome do ano em que o edifício foi concluído», explica o texto informativo, adiantando que esta «série “Superflat” reflecte não só a auto-exploração mais recente de Julia Lam, mas é também uma resenha da sua transformação artística», significando ainda um «regresso à essência das coisas, transcendendo o ego e abrindo um horizonte mais vasto à sua próxima metamorfose».