Dietas para combater a obesidade – 2024.04.25
A Fundação Rui Cunha apresenta na quinta-feira, dia 25 de Abril às 18:30, uma palestra subordinado ao tema “Dietas para combater a obesidade – mitos e estratégias”. A sessão terá como oradora Prof. Dra. Paula Freitas.
Acerca deste tópico “Dietas para combater a obesidade – mitos e estratégias”, vou apenas elencar 4 pontos. Teremos oportunidade para discutir muitos outros na minha apresentação.
1. Uma pessoa com pré-obesidade ou obesidade, ou até superobesidade, a primeira coisa que tem de saber e perceber é que a obesidade é uma DOENÇA CRÓNICA complexa, multifatorial, recidivante e que, qualquer intervenção a curto prazo, correta ou incorreta, não terá impacto a longo prazo e está votada ao insucesso, se a sua estratégia não for a modificação do estilo de vida de uma forma permanente.
Mas, muitas vezes, quem quer fazer as dietas ditas “rápidas” são pessoas que olham para o problema sob o prisma do aspeto estético e deve ter em atenção que a pré-obesidade e obesidade, não são problemas de cosmética, mas sim DOENÇAS CRÓNICAS com impacto na saúde, qualidade de vida e mortalidade.
2. É de primordial importância que a pessoa com obesidade defina e tenha metas realistas no tratamento da obesidade. Caso contrário, ficará frustrada, desistirá e não perderá peso. A incongruência entre a perda de peso desejado, de forma rápida e com uma “dieta rápida”, e a realidade, pode levar à interrupção de comportamentos saudáveis necessários, de forma prolongada e duradoira, para uma saudável perda de peso. Ou seja, nas DIETAS RELÂMPAGO: A PRESSA É INIMIGA DA PERFEIÇÃO.
3. Qual é a “melhor dieta”? Esta é a pergunta de 1 milhão de dólares. Existem inúmeras dietas: pobres em hidratos de carbono (hipoglícidas); ricas em proteínas (hiperproteicas); pobres em gorduras (hipolipidicas); mediterrânica, atlântica, nórdica vegetariana, vegan, DASH, jejum intermitente, etc, etc. A escolha do tipo de dieta deve ser individualizada de acordo com a idade, as doenças que a pessoa possa ter (por exemplo, doença cardiovascular, diabetes ou colesterol aumentado), o estilo de vida (fisicamente ativo ou inativo), entre outras.
4. Faça escolhas saudáveis todos os dias. Isto é o mais importante. E, só com conhecimentos e informações fidedignas é que as pessoas podem diariamente fazer escolhas livremente saudáveis. Há que pôr fim aos mitos e às confabulações sobre dietas miraculosas. Devemos fazer escolhas alimentares saudáveis todos os dias e praticar exercício físico regularmente. Só deste modo, teremos uma vida saudável.
Prof. Dra. Paula Freitas
- Assistente Graduada no Serviço de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ), Porto.
- Professora Auxiliar da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
- Membro do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S).
- Presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO).
- Coordenadora de Endocrinologia do Centro de Elevada Diferenciação do Tratamento Cirúrgico da Obesidade do CHUSJ.
- Coordenadora de Endocrinologia do Hospital CUF Porto.
- Editora Chefe da Revista Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, órgão oficial da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, da SPEO e da Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas.
A entrada é livre.
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