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A Fundação Rui Cunha regressa no dia 17 de Abril, sábado às 15:00 da tarde, com o “Concerto de Guzheng II”, pelo Grupo Juvenil de Arte de Guzheng de Macau, que volta a pisar o palco da Galeria depois de uma primeira actuação de sucesso no passado mês de Janeiro. O espectáculo musical conta com mais de 20 jovens alunos, que irão interpretar 14 temas compostos ou adaptados para Guzheng, em conjunto ou a solo, acompanhados por vezes ao Piano, Violoncelo, Tambor, Erhu e Guqin.

O Guzheng é um instrumento chinês antigo que se assemelha a uma cítara de madeira ocidental, com a diferença de possuir pontes móveis que elevam as cordas por onde passa a vibração do som, que neste caso sai por baixo do instrumento onde fica o orifício principal da caixa de ressonância, ao contrário da cítara cujo único buraco se encontra do lado de cima. O Guzheng moderno pode ter 21, 25 ou 26 cordas, e cerca de um metro e meio de comprimento.

Tornou-se muito popular durante as dinastias Qin e Tang e, ainda hoje, é o instrumento musical chinês mais tocado. O vocábulo Gu (古) significa “antigo”, e Zheng (筝) designa um “instrumento de cordas”, sendo também conhecido apenas por Zheng.

O Guqin é um parente mais arcaico, de 7 cordas, oblongo e sem as pontes móveis de madeira que caracterizam o Guzheng. Tem mais de três mil anos de existência, sendo tocado no país desde a época de Confúcio e gozando de alto prestígio na comunidade filosófica e científica dos mais ilustres letrados. É muitas vezes considerado como o “pai da música chinesa” ou “o instrumento dos sábios”, tendo sido em 2003 elevado a Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.

O Erhu, que também vai ser tocado neste concerto, é uma espécie de violino tradicional chinês, de duas cordas e um arco, cujo som é aparentado ao da rabeca e utilizado no folclore antigo. Apesar de leve e prático para repertório a solo, desde o tempo das populações nómadas dos confins do Império do Meio, o Erhu é hoje um dos principais instrumentos nos conjuntos de música regional, nas orquestras de Ópera Chinesa e também nas principais orquestras modernas chinesas.

A entrada é livre.

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